Mais um ano chegando e eu achei que viraria o ano com um livro lido pela metade, mas... Graças a um dia sem energia elétrica acabei de ler um dos últimos livros que eu comprei.
Estou tentando não criar expectativas em relação a nada. Assim eu evito a frustração. E isso se estende para os livros também. Tento ler não esperando muita coisa e assim acabo me surpreendendo. Sei que não é um jeito muito legal de se levar a vida, mas...
Bem, alguns meses atrás esbarrei com um box de livros do David Levithan. Um deles eu já tinha lido e gostei muito. E isso me deu coragem para ler mais livros do autor. No box (que antes da Black Friday era 22 reais e durante foi para uns 79 reais) tinha os livros "Will e Will" (que ele escreveu com o John Green. O que eu já tinha lido), "Garoto encontra garoto" e "Dois garotos se beijando".
Acabei optando por ler "Dois garotos se beijando" primeiro.
Logo de cara eu já tive uma surpresa que acabou sendo bem agradável com o livro. Quem está narrando o livro. Quem conta as histórias não é nenhum dos muitos garotos que aparecem ao longo das páginas, mas sim os gays que já morreram e passaram por situações parecidas ou idênticas a que os personagens estão vivendo. Bem, não tem como dizer que as situações são idênticas porque se passaram com pessoas diferentes e em épocas diferentes.
Bem, em uma das histórias narradas dois garotos marcam de se beijar na frente da escola para quebrar o recorde de beijo mais longo no Guinness. Os garotos em questão são ex-namorados e não estão fazendo aquilo por eles mesmos, mas como uma forma de apoiar um garoto, também gay, da escola que foi agredido por vários caras enquanto voltava para casa.
Gostei dessa parte. Principalmente quando foca na relação da família do Craig com ele. No caso eles não sabiam que ele era gay e acabam descobrindo porque o que eles fazem acaba indo parar na televisão e na internet. Mas não foi a parte que mais me prendeu no livro. Fiquei pensando por muito tempo no Cooper e no Avery. Gostaria de um livro, separado, para cada um deles.
Avery é um homem trans e eu adoraria um livro falando sobre a transição dele, a família que parece ser bem legal. Seria interessante ler sobre ele.
E tem o Cooper que acaba sendo descoberto pelos pais depois de dormir com o computador ligado e várias mensagens de bate-papo ficarem expostas na tela.
Isso não é uma resenha, então não vou me aprofundar nas histórias. Mas se algum dia você chegar a ler esse livro dê uma atenção para esses personagens.
Estou pensando aqui se eu começo a ler "Garoto encontra garoto" agora ou se deixo para ser o primeiro livro que eu vou ler no ano que vem. Bem, depende do meu tédio.
A sinopse do livro:
Do lado de fora da escola, ao ar livre, rodeados por câmeras e por uma multidão que, em parte apoia e em parte repudia o que estão fazendo, Craig e Harry estão tentando quebrar o recorde mundial do beijo mais longo. Craig e Harry não são mais um casal, mas já foram um dia. Peter e Neil são um casal. Seus beijos são diferentes. Avery acaba de conhecer Ryan e precisa decidir sobre como contar para ele que é transexual, mas está com medo de não ser aceito depois disso. Cooper está sozinho. Passa suas noites em claro, no computador, criando vidas falsas online e seduzindo homens que jamais conhecerá na vida real. Mas quando seus pais descobrem seu passatempo proibido, o mundo dele desaba. Cada um desses meninos tem uma situação diferente. Alguns contam com o apoio incondicional da família, outros não. Alguns sofrem com o bullying na escola, outros, com o coração partido. Mas bem no centro de todas essas histórias paralelas está o amor. E, através dele, a coragem para lutar por um mundo onde esse sentimento nunca seja sinônimo de tabu.
Agora acho que vou voltar a escrever um dos livros que eu tinha planejado lançar ainda esse ano.
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